Quem Somos

O Memorial Brumadinho foi criado para homenagear as vítimas do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, em 2019. Surgiu graças à mobilização das famílias das vítimas, que buscavam preservar a dignidade de seus entes queridos, e presta homenagem às 272 vidas perdidas. Localizado no próprio local do desastre, sua arquitetura — escolhida por votação das famílias — incorpora espaços simbólicos: uma floresta de 272 ipês-amarelos, uma área de meditação, um monumento-escultura, uma drusa de cristal e duas salas de exposição dedicadas à Memória e ao Testemunho. O Memorial também abriga um espaço de descanso para os restos mortais das vítimas.

Por meio de exposições, programas educativos, eventos culturais e iniciativas acadêmicas elaboradas em conjunto com as famílias, o Memorial promove a reflexão sobre a tragédia e busca garantir que fatos dessa magnitude não se repitam.

O Memorial de Brumadinho abriu suas portas em 25 de janeiro de 2025, com uma cerimônia dedicada às famílias das vítimas e às autoridades. Desde 29 de janeiro de 2025, a instituição está aberta ao público de quarta a domingo.

O Memorial oferece uma programação cultural diversificada, com espetáculos teatrais, apresentações musicais, visitas guiadas para famílias, atividades de férias para as crianças da comunidade, além de seminários, conferências e debates com temas interdisciplinares que abrangem áreas como expografia, memórias traumáticas, sustentabilidade, novas formas de mineração, direitos humanos e meio ambiente, entre outros.

Todas as atividades desenvolvidas no Memorial de Brumadinho estão diretamente relacionadas à sua missão: preservar e honrar a memória das vítimas e promover a reflexão crítica sobre a não repetição.

No Memorial de Brumadinho, os visitantes podem percorrer todos os seus espaços, incluindo as salas de exposição, que abordam criticamente o rompimento da barragem da mina BI em Brumadinho, apresentando a luta e a mobilização coletiva dos familiares pela reunificação, pela justiça, pela memória e pela não repetição, além de homenagear as vítimas da tragédia.

O Memorial conta com um departamento de pesquisa que desenvolve Programas de História Oral, elabora dossiês de investigação e preserva acervos. Mantém diálogo com instituições de ensino de todos os níveis para produzir publicações, conteúdos e recursos destinados a iniciativas educativas.

O Memorial foi construído em frente à área coberta pelos rejeitos, onde o Corpo de Bombeiros continua a busca por duas vítimas ainda não identificadas. Esse ambiente singular permite que os visitantes compreendam plenamente a área afetada pela lama e experimentem a vista do local do colapso, confrontando seus próprios corpos com o espaço da tragédia.