A RESLAC condena a interrupção democrática no Peru
Os acontecimentos desta segunda feira no Peru evidenciam um golpe de Estado encoberto, inconstitucional e ilegítimo , agravado pelo contexto de uma grave crise sanitária nacional. Condenamos também a violenta repressão contra as manifestações que se realizam em todo o país.
-11 de novembro de 2020-
A Rede latino Americana e Caribenha de Lugares de Memória (RESLAC) vem a público condenar, de maneira enfática, a inconstitucional e ilegítima deposição de Martín Vizcarra, presidente do Peru desde 2018 na última segunda feira por ordem do Congresso. A sua destituição por alegada “incapacidade moral permanente” distorce de maneira radical o artigo 113 da Constituição peruana. Ademais, é ilegítima porque não respeita o mandato presidencial obtido nas urnas nem a separação dos poderes , imperativos na lei.
Como assinala o comunicado da Coordenação Nacional de Direitos Humanos naquele país, esta medida põe em risco o equilíbrio entre os poderes do Estado. O comunicado desta Coordenação destaca, ademais, a necessidade de manter as próximas eleições presidenciais nas datas incialmente previstas, ou seja, o primeiro turno das mesmas devendo realizar-se no próximo dia 21 de abril de 2021.
Como ocorrido ultimamente em vários países de nossa região, mais uma vez o legítimo repúdio à corrupção se transforma na desculpa para justificar arbitrariedades constitucionais e graves violações dos mecanismos democráticos.
Ademais de todo o acima mencionado, esta interrupção deixa o país em situação de profunda incerteza , num contexto de uma grave crise sanitária, econômica e social , resultado da pandemia do COVID 19 . De acordo a dados da OMS, Peru é o segundo país no mundo a ter um índice de mais de 100 mortos por 100.000 habitantes , com um número total de óbitos que se aproxima a 35.000 pessoas até o momento.
Os mais de 60 membros da RESLAC também fazem um apelo às autoridade para que cesse a ferrenha repressão que ocorre contra as manifestações que estão realizando-se em todo o país , deixando dezenas de pessoas feridas e presas de forma totalmente arbitraria.
Rejeitamos o uso excessivo da força e exigimos o respeito ao direito de protestar dos cidadãos e cidadãs daquele país
Memoria Abierta – Coordinador RESLAC
Secretariado Coalición Internacional de Sitios de Conciencia
Red de Sitios de Memoria Latinoamericanos y Caribeños –RESLAC:
Archivo Provincial de la Memoria – Argentina
Centro Cultural por la Memoria de Trelew – Argentina
Comisión de Homenaje a las Víctimas de los CCD Vesubio y Protobanco – Argentina
Museo de la Memoria de Rosario – Argentina
Museo Sitio Memoria ESMA – Argentina
Colectivo Faro de la Memoria – Argentina
Museo Internacional para la Democracia – Argentina
Parque de la Memoria – Argentina
Casa do Povo – Brasil
Museo de la Inmigración– Brasil
Memorial de la Resistencia – Pinacoteca del Estado de San Pablo – Brasil
Núcleo de Preservación de la Memoria Política – Brasil
Memorial das Ligas e Lutas Camponesas – Brasil
Asociación de Familiares de Detenidos Desaparecidos y Mártires por la Liberación Nacional (ASOFAMD) – Bolivia
Memorial Paine: Un lugar para la memoria – Chile
Museo de la Memoria y los Derechos Humanos – Chile
Estadio Nacional – Chile
Comité de Derechos Humanos Nido Veinte – Chile
Casa Memoria José Domingo Cañas – Fundación 1367 – Chile
Corporación Parque por la Paz Villa Grimaldi – Chile
Asociación por la Memoria y los Derechos Humanos Colonia Dignidad – Chile
Fundación de Ayuda Social de las Iglesias Cristianas (F.A.S.I.C) – Chile
Corporación de Memoria y Cultura de Puchuncaví – Chile
Centro Cultural Museo y Memoria de Neltume – Chile
Centro de Memoria, Paz y Reconciliación – Colombia
Museo Casa Memoria de Medellín – Colombia
Red Colombiana de Lugares de Memoria – Colombia
Museo de la Palabra y la Imagen – El Salvador
Instituto Internacional de Aprendizaje para la Reconciliación Social -IIARS- Guatemala
Memorial para la Concordia – Guatemala
Archivo Histórico de la Policía Nacional – Guatemala
Centro de la Memoria Juan Gerardi – Guatemala
Centro para la Acción Legal en Derechos Humanos -CALDH- Guatemala
Dévoir de Memoire – Haití
Centro de Derechos Humanos Fray Bartolomé de las Casas – México
Sociedad Civil Las Abejas – México
Museo Memoria y Tolerancia – México
Centro de Investigaciones Históricas de los Movimientos Sociales – México
Museo de las Memorias: Dictaduras y Derechos Humanos – Paraguay
Dirección de Verdad, Justicia y Reparación – Defensoría del Pueblo – Paraguay
Asociación Paz y Esperanza – Perú
Asociación Nacional de Familiares de Secuestrados, Detenidos y Desaparecidos del Perú (ANFASEP)
Asociación Caminos de la Memoria – Perú
Museo Memorial de la Resistencia Dominicana – R. Dominicana
Centro Cultural Museo de la Memoria – MUME – Uruguay
Fundación Zelmar Michelini – Uruguay