Brasil

Exposición Carta Abierta – correspondencias en prisión hasta septiembre

Mostra fica em cartaz até 20 de março de 2017, no 3º andar do Museu e revela como foi a comunicação entre os presos políticos e seus familiares e amigos, por meio de cartas, nos anos de chumbo; testemunhos sobre as correspondências deverão ser coletados durante o período da exposição 

O Memorial da Resistência, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, administrada pela Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC, apresenta, a partir do dia 10 de dezembro, a exposição Carta Aberta – correspondências na prisão, composta de aproximadamente 70 cartas, de dentro e fora da prisão, trocadas entre presos políticos e seus familiares e amigos entre os anos de 1969 a 1974. Também integram a mostra fotografias, cartões comemorativos e de solidariedade, artesanatos produzidos na prisão e uma obra “Carta a Sérgio Ferro” (1973), do artista e ex-preso político Alípio Freire. Conta, ainda, com o testemunho da ex-presa política Maria Aparecida Costa Cantal sobre a importância das correspondências naquele contexto. Outros testemunhos deverão ser coletados durante o período da exposição. A mostra tem curadoria de Kátia Felipini e Luiza Giandalia e comunicação visual da Zol Design.

A mostra ficará aberta ao público até 20 de março de 2017, inaugurando o novo espaço de exposições temporárias do Memorial da Resistência, no 3º andar deste edifício.

Sobre Carta Aberta – correspondência na prisão
A exposição foi realizada com o intuito de contar um pouco sobre um momento crucial na vida de pessoas que lutaram pelos ideais de liberdade e democracia, usurpados pela Ditadura Civil-Militar entre os anos de 1964 e 1985 no Brasil. São cartas que foram mantidas sob os cuidados dos próprios ex-presos e familiares por mais de quatro décadas, e que agora voltam a ganhar vida ao serem abertas. Seus conteúdos articulam elementos fundamentais da vida humana sob a drástica condição imposta pelo confinamento. A mostra apresenta uma antologia dessas cartas, selecionadas a partir da definição de temas marcantes, como o da chegada na prisão; os cuidados para informar sem causar demasiada preocupação; as inúmeras descobertas e superações individuais e coletivas; a angústia constantemente sentida durante as transferências, e os processos de julgamento, que precedem a tão almejada liberdade.

Além disso, as cartas testemunham as vivências de ambos os lados – o de dentro e o de fora. Revelam experiências íntimas e profundas, bem como a necessidade de informar e ser informado e os mútuos esforços na incansável tentativa de promover um pouco de conforto para aquele que estava distante.

Toda a estrutura da exposição foi pensada a partir da proposta de um roteiro, que pode ser seguido pela numeração dos painéis, ou por meio de visita independente, permitindo outros trajetos de leitura, uma vez que os assuntos tratados perpassam todas as cartas.

“A realização dessa exposição só foi possível graças à colaboração e a confiança de ex-presos políticos e familiares convidados que, ao entregarem suas cartas, permitiram que fossem abertas, lidas e expostas ao público. Em virtude do tempo de produção e espaço restritos, não foi possível contatar a todos(as) que por ventura ainda possam preservar suas cartas, o museu as receberá para compor a mostra”, explicam Kátia Felipini e Luiza Giandalia, curadoras da exposição e diretora do Memorial da Resistência.

Serviço:

Exposição: Carta Aberta – correspondências na prisão
Memorial da Resistência de São Paulo
Sala 2 – 3º andar
Largo General Osório, 66 – Luz
Abertura: de 10 de dezembro de 2016, às 11h00
Encerramento: 20 de março de 2017
Funcionamento de quarta a segunda-feira, das 10h às 18h
Entrada gratuita
Classificação livre
memorialdaresistenciasp.org.br

Inicio
10/12/16

Fin
01/09/17

Local
Memorial da Resistencia, Sao Paulo

Dirección
Praça da Luz, 366-472 - Bom Retiro, São Paulo - SP, Brasil